Apesar de serem áreas nobres do Distrito Federal, Lago Sul e Lago Norte possuem um número significativo de moradores sem cobertura de saúde privada. De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2021, dos aproximadamente 67,5 mil habitantes dessas regiões, mais de 15 mil estão sem plano de saúde. Especificamente, no Lago Norte, 33% da população (cerca de 12,4 mil pessoas) não possui cobertura, enquanto no Lago Sul, 8,78% dos moradores (em torno de 2,6 mil) também estão sem plano.
Esses dados indicam que, embora a renda média dessas regiões seja elevada, ainda há uma parcela que depende exclusivamente da rede pública para acesso a cuidados de saúde. A decisão de não contratar um plano pode estar associada aos altos custos das mensalidades ou a uma percepção de que a cobertura pública é suficiente.
Comparação com outras regiões do DF
O cenário nos lagos contrasta com regiões como Ceilândia, onde cerca de 85% dos moradores, ou 297 mil pessoas, estão sem plano de saúde, e Samambaia, que registra 80% de sua população sem cobertura. Essa discrepância evidencia desigualdades socioeconômicas, refletidas no acesso aos serviços de saúde particular em Brasília.
Reajuste dos planos de saúde e impacto no orçamento familiar
Além do desafio de cobertura, moradores que possuem planos de saúde privados enfrentam reajustes constantes. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu recentemente um índice máximo de 9,63% para os contratos individuais e familiares, aplicado no aniversário do contrato. Esse reajuste acompanha a inflação e o aumento dos custos médicos, e pode levar alguns moradores a reconsiderarem seus contratos ou a optarem pela rede pública.
Esses números reforçam a necessidade de estratégias para ampliar o acesso aos serviços de saúde em Brasília, garantindo cobertura para um maior número de pessoas e reduzindo as desigualdades no acesso.
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